Tatiane Bernardi Teixeira Pinto (São Paulo, 29 de abril de 1979), mais

conhecida como Tati Bernardi, é

uma contista, romancista, cronista, roteirista e jornalista brasileira. Suas obras

são particularmente dirigidas a mulheres jovens, e algumas possuem

leves nuances feministas.

O livro A mulher que não prestava, da autora Tati Bernardi, é composto por

crônicas que reúnem eventos do dia a dia de Tati, uma mulher neurótica

indecisa, sincera, imatura e indecente.

Nesse livro são encontradas crônicas de temas variados entre: românticas,

ácidas, mal-humoradas, críticas e desabafos; apesar dos textos serem curtos e

com linguagem informal ela consegue transmitir suas mensagens de forma clara

e objetiva.

O livro é voltado mais para o público feminino, e a autora consegue descrever de uma

maneira ímpar cada faceta da mulher, seja ela sentimental ou não. Ela tenta

fazer com que as mulheres se sintam no lugar dela, sentindo seus medos e

frustrações, principalmente, que elas reflitam. 

A proposta da autora é fazer com que cada leitor se depare e se veja na

personagem. Tati diz que, os outros apontem nela os próprios defeitos,

pois é bem mais fácil atacar o que está de fora, e eu discordo dela, já que ela não

é um espelho, como ela mesma a caracteriza; afinal pelo conhecimento de

psicologia nem toda crítica é necessariamente uma projeção.

Mas o livro também nós trás alguns reflexos interessantes como neste fragmento:

a vida voa na sua cara, esbarra no seu rosto, suja sua vaidade, corrompe suas

certezas e você não pode fazer nada, a não ser lavar o rosto e começar tudo de

novo (Bernardi, 2006).